terça-feira, 22 de abril de 2014

Como baixar a alta inadimplência nos honorários contábeis?

O aumento da inadimplência na carteira de clientes muitas vezes deve-se à falta de rotina de cobrança. Quem cobra insistentemente tem mais chance de receber primeiro.

A inadimplência na carteira de clientes tem trazido muita dor de cabeça aos empresários, por vezes forçados a também inadimplir com seus fornecedores.

Mas, afinal, o que é a inadimplência? É descumprir os compromissos financeiros nas datas aprazadas. A perda, por sua vez, se constitui quando deixa de existir expectativa real de recebimento, mesmo que tardio. Portanto, o cálculo da inadimplência não inclui as perdas, assim como para calcular o índice de perda não se consideram as inadimplências.

O controle da inadimplência e das perdas deve ser constante, pois o descuido poderá trazer transtornos e até provocar o fim do sonho de um empreendimento.

Não há um índice padrão mundial do que é normal, mas empresários de alguns ramos de atividade costumam fazer pesquisas entre os associados e divulgar posteriormente a média do setor, muitas vezes reconhecido como a máxima aceitável.

Na Pesquisa Nacional das Empresas Contábeis (PNEC), que contou com a participação de 191 empresários, 10% apontaram que a inadimplência é um dos pontos fracos em sua empresa. E na questão quanto representa a inadimplência, a média apurada foi de 10,8%. A fórmula proposta para o cálculo do índice de inadimplência é o somatório das pendências vencidas há mais de 30 dias, mas com possibilidades reais de recebimento, depois dividido pelo faturamento do último mês.

Nas conversas com empresários contábeis observamos o medo que têm de perder o cliente, razão pela qual continuam prestando serviços para aqueles que chegam a ultrapassar um ano de honorários atrasados. Os que atrasaram tanto assim provavelmente já não são mais clientes, e para piorar continuam exigindo o serviço. Até quando vamos concordar com isso?

O honorário vencido há três dias já deve ser cobrado – por telefone ou e-mail – e o recebimento deverá aplicar o juro de mercado. Se não forem exigidos juros, naturalmente o cliente que estiver em dificuldades financeiras sempre optará por pagar imediatamente as duplicatas nas quais incidem multas e juros, deixando para segundo plano as que não têm custos adicionais pelo atraso. É a captação de capital de giro mais barata. Para aqueles que não cobram efetivamente acabam ficando para segundo ou terceiro plano.

O contrato de prestação de serviços contábeis deve prever a cláusula de cancelamento automático do contrato em caso de atraso de duas ou três mensalidades, independente de aviso prévio, suspendendo todos os serviços.

O que é melhor: perder um cliente que não paga ou continuar prestando serviços de graça?

Tags: cobrança, honorário, inadimplência

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A alta inadimplência nos honorários contábeis

O aumento da inadimplência na carteira de clientes muitas vezes deve-se à falta de rotina de cobrança. Quem cobra insistentemente tem mais chance de receber primeiro.

A inadimplência na carteira de clientes tem trazido muita dor de cabeça aos empresários, por vezes forçados a também inadimplir com seus fornecedores.

Mas, afinal, o que é a inadimplência? É descumprir os compromissos financeiros nas datas aprazadas. A perda, por sua vez, se constitui quando deixa de existir expectativa real de recebimento, mesmo que tardio. Portanto, o cálculo da inadimplência não inclui as perdas, assim como para calcular o índice de perda não se consideram as inadimplências.

O controle da inadimplência e das perdas deve ser constante, pois o descuido poderá trazer transtornos e até provocar o fim do sonho de um empreendimento.

Não há um índice padrão mundial do que é normal, mas empresários de alguns ramos de atividade costumam fazer pesquisas entre os associados e divulgar posteriormente a média do setor, muitas vezes reconhecido como a máxima aceitável.

Na Pesquisa Nacional das Empresas Contábeis (PNEC), que contou com a participação de 191 empresários, 10% apontaram que a inadimplência é um dos pontos fracos em sua empresa. E na questão quanto representa a inadimplência, a média apurada foi de 10,8%. A fórmula proposta para o cálculo do índice de inadimplência é o somatório das pendências vencidas há mais de 30 dias, mas com possibilidades reais de recebimento, depois dividido pelo faturamento do último mês.

Nas conversas com empresários contábeis observamos o medo que têm de perder o cliente, razão pela qual continuam prestando serviços para aqueles que chegam a ultrapassar um ano de honorários atrasados. Os que atrasaram tanto assim provavelmente já não são mais clientes, e para piorar continuam exigindo o serviço. Até quando vamos concordar com isso?

O honorário vencido há três dias já deve ser cobrado – por telefone ou e-mail – e o recebimento deverá aplicar o juro de mercado. Se não forem exigidos juros, naturalmente o cliente que estiver em dificuldades financeiras sempre optará por pagar imediatamente as duplicatas nas quais incidem multas e juros, deixando para segundo plano as que não têm custos adicionais pelo atraso. É a captação de capital de giro mais barata.

O contrato de prestação de serviços contábeis deve prever a cláusula de cancelamento automático do contrato em caso de atraso de duas ou três mensalidades, independente de aviso prévio, suspendendo todos os serviços.

O que é melhor: perder um cliente que não paga ou continuar prestando serviços de graça?

Tags: cobrança, honorário, inadimplência

domingo, 13 de abril de 2014

Escolher o contador mais barato é a melhor opção?

É natural que o cliente deseje pagar o menor valor possível pelos produtos e serviços. Mas quando os benefícios e valores de um atendimento profissional são claramente demonstrados, somente o consumidor despreparado continua focado apenas no preço.

Os gastos devem estar dentro do orçamento familiar ou empresarial para não causar desequilíbrio na balança interna de pagamentos, razão pela qual sempre se procura buscar bons produtos e serviços com preços acessíveis. Quando a qualidade não é importante foca-se nos mais baratos. Um exemplo bastante claro disso são os exames admissionais de funcionários. Sabe-se que praticamente nada é examinado, mas a empresa necessita do papel que informa a realização do dito exame antes da contratação que na maioria das vezes faz-se pelo menor preço.

No entanto fique atento, pois há inúmeros casos em que o “barato sai caro” e só é percebido quando já é tarde demais.

Todo consumidor adota um critério de valores para decidir quais produtos e serviços deseja adquirir. Proponho um pequeno teste para você refletir em quais casos dá maior peso, se para o preço ou a qualidade do serviço ou produto:
  • Médico
  • Advogado
  • Restaurante
  • Brinquedo para o seu filho
  • Óculos de sol
  • Tênis para praticar esporte
  • Mecânico
  • Bolsa (para as mulheres)
  • Contador

Se você respondeu que pode optar pelo mais barato dependendo da situação, tudo bem. 

Por exemplo, um check-up de rotina não precisa ser feito com um especialista, mas com qualquer médico. Mas se tratar-se de um câncer e houver condições financeiras, certamente a opção será pelo melhor médico do mundo no assunto. Trata-se, como já dito, de critério de valores.

O almoço rotineiro durante a semana pode ser em qualquer restaurante, desde que sirva um alimento básico, bem temperado e com boa higiene. Mas, mas se for uma data especial, como o aniversário de alguém muito amado por você, a exigência será por um restaurante que expresse tudo o que você quer dizer e sirva uma refeição inesquecível.

Se você dá valor à saúde e pratica esportes, provavelmente possui um tênis confortável e seguro, que reduza o impacto para exigir menos das articulações do joelho. Quem não dá tanto valor para a saúde ou desconhece a importância de praticar esportes poderá calçar qualquer tênis, inclusive os mais baratos.

Nesta semana estava numa ótica quando entrou um senhor e solicitou óculos de sol, pois havia passado por uma cirurgia nos olhos. Logo lhe foram apresentados diversos modelos, de qualidade e preço também distintos. Ao ser mostrado um dos mais baratos ele descartou imediatamente, comentando que havia comprado semelhante no Paraguai e quando estava passando a ponte sentiu tonturas, descartando o produto lá mesmo. “Quero um óculos de verdade”, disse ele. Este cliente sabe o que é importante, dá valor ao custo benefício, ao valor, enfim sabe o que um bom produto pode oferecer.

Ao selecionar um contador devemos estar cientes da importância dos seus serviços. Saber, por exemplo, que ele auxiliará na escolha do melhor regime para reduzir a carga tributária, fará a contabilidade e todos os livros necessários, processará a folha de pagamento com os tributos corretos, prestará todas as obrigações acessórias aos órgãos governamentais, fornecerá diversas orientações legais etc.

Isso é tudo? Claro que não. É apenas o básico que todos os contadores deveriam fazer, mas que alguns desprezam para oferecer preço menor e conquistar o cliente. Há muitos profissionais da contabilidade que, além de fazer com perfeição os serviços básicos, ainda estão preparados para oferecer muito mais, inclusive consultorias para a gestão das empresas.

Cuidado ao contratar contadores com base apenas do preço. Alguns empresários se perguntam como que o contador conseguirá executar o trabalho com o singelo honorário proposto. Atenção: talvez ele não vá fazer e o empresário poderá descobrir quando já é tarde. O barato pode sair caro.

Naturalmente, o profissional bem capacitado mesmo cobrando o honorário mais elevado proporcionará o custo benefício favorável ao cliente.

Tags: custo, benefício, contador, profissional.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Calcular o honorário sem muita análise é eficaz?

Na maioria das atividades econômicas existem atalhos que permitem definir o preço de venda sem fazer muitas contas. Multiplicar o custo por dois, utilizar um valor de referencia etc. Até onde isto é salutar?

Desenvolver atalhos para executar tarefas de forma mais rápida sempre foi um alvo perseguido por todos, mas nem sempre é a melhor alternativa nas diferentes atividades. Antes de criar um atalho é necessário primeiramente conhecer o funcionamento completo da rotina.

O famoso “Ctrl e Ctrl V” é uma função utilizada por milhões de pessoas no mundo todo, mas isto é fácil de ser compreendido por quem domina a linguagem da telinha dos computadores. As pessoas fora deste mundo desconhecem os motivos deste atalho.

Na precificação dos serviços ou produtos não é diferente. Vejamos alguns atalhos aplicados pelas diversas profissões:

  • Pedreiro (mestre de obra): Define o preço com base no metro quadrado da construção. Se a lajota for deitada o valor é um pouco maior;

  • Advogado: Se for uma ação trabalhista pratica-se um salário mínimo por ato. Nas ações que envolvem a recuperação de tributos geralmente cobra-se 20% a 30% do benefício conquistado.

  • Engenheiro: Para fazer projetos o valor é com base na metragem quadrada da área a ser construída. Nem sempre sabem como e nem quem chegou à conclusão do valor praticado por metro quadrado.

  • Eletricista: Um determinado valor por número de pontos de energia, telefone e internet.

  • Copiadora: Valor por cópia, independente da quantidade de tinta a ser consumida. Quando a cópia é colorida o valor é maior.

  • Salão de beleza: O preço do corte do cabelo masculino é basicamente um só, independente da quantidade de cabelo e do tempo gasto. Os cortes femininos, tintura e escovação têm preços que basicamente acompanham a concorrência.

  • Imobiliária: Para administrar o recebimento das locações de imóveis de terceiros pratica-se geralmente 10% do valor do aluguel.

  • Contador: De acordo com o número de funcionários, volume de notas fiscais, regime tributário e o valor do faturamento, alguns precificam com base em tabelas propostas por sindicatos.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados para ilustrar os métodos estabelecidos para precificar os serviços. Nossa intenção aqui não é criticar ou desvalorizar este ou aquele método, mas propor reflexão sobre a eficácia. Sabemos que o consumidor deseja o valor que lhe permita fazer comparações com os demais fornecedores.

Objetivamos demonstrar que antes de aderir a uma forma, aparentemente mágica, de calcular o preço é necessário fazer contas que permitam saber se há lucratividade. Estas contas devem ser revistas periodicamente.

Você adota algum atalho para precificar? Ele é confiável? Gera lucratividade? Você já testou a eficácia? Lembre-se: o atalho para definir o valor do honorário justo sem muito esforço deve preceder de metodologia segura.

Tags: precificar, atalho, contador, honorário, lucro.